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Dicas de Leitura

A cidade do sol. Este livro fala sobre a vida das mulheres no Afeganistão. A história fala sobre Mariam e Laila, que acabam sendo mulheres do mesmo homem. As duas personagens se unem para superar o medo e a intolerância. O autor retrata a violência e as injustiças da sociedade afegã(não apenas com as mulheres). Uma frase que marca o livro, é uma frase que o pai de Laila sempre diz a ela : Você pode ser tudo o que você quiser! Eu achei fantástico...fez -me pensar na vida e em como temos liberdade em nosso país. Óbvio que os personagens são fictícios, mas a história foi criada baseada no conhecimento do escritor Khaled Hosseini, que é afegão.

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Parole é um blog que falará exclusivamente de Literatura, do prazer de uma boa leitura e trará algumas estratégias para professores.
.1. A palavra Iracema é um anagrama de AMERICA. Comente. Seria o símbolo secreto do romance de Alencar, que é o poema épico definidor de nossas origens históricas, étnicas (miscigenação, formação do povo brasileiro) e, sociologicamente, segundo Afrânio Peixoto. Iracema é o símbolo da terra brasileira virgem e exótica (Iracema morre assim como os índios - mostra a docilidade dos índios). Como Iracema se entrega a Martim e é destruída, a terra brasileira, por permissão dos índios (que sofrerão uma aculturação), passara a ser de posse portuguesa. 2. Iracema: objeto proibido do desejo: posse do objeto = transgressão. Comente: * Postura de Martim * O licor de Jurema * Postura de Iracema Há proibição de se tocar o corpo de Iracema. O gesto transgressor seria punido com a morte. Martim só procura Iracema sobre os efeitos da droga. Martim não tem o corpo de Iracema em seus braços, tem apenas a sua imagem. A virgindade de Iracema é justificada pela sua situação dentro da taba, onde ocupa o lugar de sacerdotisa de Tupã. Qualquer atitude dela para unir-se a Martim transgride os valores tabajaras. Mas o amor se revela mais forte e a postura de Iracema é, desde o inicio, de desobediência. O licor de Jurema é a droga que servir como intermediário, isto é, que servir para derrubar as barreiras entre os dois, remetendo a relação para o nível do inconsciente. 3. Valor simbólico do personagem Moacir. Moacir simboliza o 1o. brasileiro nascido da miscigenação índio X português. Duas vezes filho da dor de Iracema: dela nascido e, também, dela nutrido. Tal mescla de vida e morte, de dor e de alegria, acha-se tematizada pelo leite branco, ainda rubro do sangue de que se formou. 4. Identifique características da linguagem de Alencar em "Iracema". Alencar tenta concretizar a proposta do Romantismo de construir uma linguagem brasileira. Tenta, então, escrever um romance usando termos indígenas, o que revela uma linguagem autenticamente nacional. Obs.: a busca de uma linguagem brasileira era reflexo de uma lusofobia que invadiu o Brasil na época do Romantismo. 5.Identifique exemplos da Linguagem não verbal (rever capítulos II, X, XI, XXVI) Quebrar a flecha da paz no encontro de Martim e Iracema. A flecha atravessando o gaiamum (Iracema deveria permanecer na cabana esperando a volta de Martim, não deveria seguir em frente). O ramo do maracujá: a flor da lembrança. Iracema deveria guardar, com a flor, a lembrança de Martim até morrer. 6. Compare o indianismo de Alencar ao indianismo de Osvaldo de Andrade I. Relações colonizador X nativo II. Valor simbólico do índio: nacionalismo X primitivismo I. Para Alencar, desta relação que se processou por permissão do índio, provocou o surgimento do povo brasileiro. Para Osvaldo de Andrade, a relação foi de antropofagia e aculturação: o português aproveitou-se da fragilidade do índio para a dominação. II. O índio, para Alencar, era a possibilidade de despertar, no povo brasileiro recém-independente, o amor pela pátria (nacionalismo ufanista). Para Osvaldo de Andrade, é a forma de criticar o absurdo da dominação portuguesa, a aculturação e a destruição de um povo (nacionalismo critico). EXERCÍCIOS 1 – (UNICAMP/1987) O relacionamento amoroso de Iracema e Martim pode significar mais do que aparenta; pode ser visto, do início ao fim, como representativo do processo de conquista e de colonização do Brasil. Como o romance Iracema representa esse processo? Resposta: Iracema, que Alencar subtitulava como uma “Lenda do Ceará”, tem como fulcro a formação da nacionalidade, por meio da aproximação entre a civilização (representada pelo colonizador português) e a natureza (representada por Iracema – anagrama de América – que simboliza o elemento nativo, travestido no “Bom Selvagem” de Rousseau, e revestido de sugestões líricas do Atala de Chateaubriand). Moacir (= parido da dor), filho de Martim e Iracema é na utopia alencariana da formação da nacionalidade, simultaneamente, o primeiro homem americano, resultado do amálgama da natureza e da civilização. A morte da “Virgem dos lábios de mel”, nesse contexto, representa a morte e/ou a dominação da natureza e do elemento nativo, para dar lugar ao novo homem da América, que Alencar idealizava como o mestiço. 2 – (FUVEST/1990 – 2º. Vestibular) Em Iracema, Alencar procura aproveitar na linguagem elementos da cultura indígena para melhor exprimir a idéia de um mundo primitivo. Um desses elementos é o modo de medir a passagem do tempo. Como faz o romancista para marcar a passagem do tempo? Resposta: A passagem do tempo no livro Iracema é medida por fatores ligados a astros (Sol, Lua), deixando-se o calendário gregoriano de lado. Assim, o indicador cronológico é o nascer do sol, o surgir da lua e outros elementos naturais, como ocorre em várias passagens: O sol, transmontando, já começava a declinar para o ocidente, quando o irmão de Iracema tornou da grande taba. Três sóis havia que Martim e Iracema estavam nas terras dos pitiguaras, senhores das margens do Camocim e Acaracu. O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. Essa demarcação cronológica acentua o tom mítico dos fatos narrados, superando a mensuração do tempo material.

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